Todos
fomos machucados na vida. Todos fomos rejeitados por um amante, traídos por um
amigo, passados para trás numa promoção. Apesar de aprendermos que
"perdoar é esquecer" ("o que passou, passou"), a maioria de
nós acredita que as pessoas que nos feriram devem pagar pela dor que nos
causaram; afinal, elas merecem ser castigadas, mesmo que inconscientemente
("nada como um dia atrás do outro" ou "um dia a pessoa vai ver o
que perdeu").Não se trata de esquecer a maldade alheia ou minimizar o próprio
sofrimento. Para ser capaz de um perdão verdadeiro e sadio basta entender que
ele traz muito mais benefícios do que o rancor.Na verdade, temos muito o que
aprender com essas experiências. Em primeiro lugar, perdoar não é retaliar, se
vingar ou fazer o outro sofrer tanto quanto nos fez sofrer. Mas, por outro
lado, perdoar não é esquecer, deixar para trás quilômetros de mágoa, toneladas
de ressentimentos ou ainda fechar os olhos e deixar os "bandidos" se
darem bem com as trapaças que cometeram.Mas será que os benefícios (iludidos)
de não perdoar valem o preço que pagamos por armazenar essas mágoas, remoer
esses sentimentos e nos agarrarmos com unhas e dentes à dor do passado? Será
que vale a pena continuarmos alimentando a raiva, revidando com palavras ou com
silêncio e assim nunca sentirmos o verdadeiro prazer de viver?O perdão se torna
uma possibilidade quando a dor do passado para de reger nossas vidas; quando
não precisarmos mais do ódio e do ressentimento como desculpas para obter menos
da vida, do que queremos ou merecemos. Perdoar é chegar à conclusão de que já
odiamos bastante e não queremos mais odiar; portanto, perdoar é usar a energia
da vida, não para reprimir esses sentimentos, mas para quebrar o ciclo da dor
se voltando para o futuro e não machucando outras pessoas como fomos
machucados.
Por: Josy Luz
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